quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Angelim-Pedra

Nome vulgar: ANGELIM-PEDRA
Nome científico: Pithecolobium racemosum Ducke
Família: LEGUMINOSAE MIMOSOIDEAE

DESCRIÇÃO DA ÁRVORE

Árvore majestosa, extremamente decorativa, com altura de 50 a 60m e tronco revestido por casca descamante de 100 a 180cm de diâmetro. O contínuo desprendimento das cascas chega a formar grandes montes ao redor do tronco. É uma das maiores árvores da floresta amazônica.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

Região amazônica, principalmente nos Estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima e Pará

HABITAT

Matas de terra firme, em lugares secos de toda a Amazônia até as Guianas

USOS COMUNS

Tacos de soalhos, construção em geral, postes, vigas, moirões, marcenaria de luxo, carpintaria, cabo de talheres, bengalas, dormentes e objetos de adorno

Cedro

Nome vulgar: CEDRO

Nome científico: Cedrela odorata L.
Família: MELIACEAE

DESCRIÇÃO DA ÁRVORE

Árvore grande, de crescimento rápido, tanto por semente como por estaca, com belíssima folhagem, distinta das demais à distância. Tronco com casca rugosa, fissurada, facilmente distinguível pelo cheiro que lhe é peculiar, a começar pela casca.

PROPRIEDADES:

Além da madeira, que é grandemente aproveitada na marcenaria, a casca é tida na medicina popular como tônica, adstringente e febrífuga; o cozimento da madeira é ainda recomendado nas orquites (externamente) e internamente age como emético violento.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

Espécie encontrada em toda a Amazônia.

USOS COMUNS

Marcenaria, caixotaria, compensados, esquadrias, obras internas, carpintaria, caixas de charutos, tabuados.

HABITAT

Mata de terra firme e bastante freqüente nas margens inundáveis de certos rios.

Pau D´Arco



 Pau D´Arco
Nome vulgar: PAU D'ARCO OU IPÊ-AMARELO
Nome cientifico: Tabebuia serratifolia (Vahl) Nich.
Família: BIGNONIACEAE

DESCRIÇÃO DA ÁRVORE

Árvore de grande porte com altura de 8 a 20m, com tronco de 60 a 80 cm de diâmetro. É extremamente bela quando em flor, sendo que sua floração ocorre anualmente, durante os meses de agosto a novembro, com a planta totalmente despida de folhagem. Sua madeira é duríssima, difícil de serrar e durável sob quaisquer condições.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

Muito freqüente na região Amazônica e esparsa na floresta pluvial atlântica desde o eará até S.Paulo.

HABITAT

Característica da floresta pluvial densa. É também largamente dispersa nas formações secundárias, como capoeiras e capoeirões, porém tanto na mata quanto na capoeira prefere solos bem drenados das encostas.

USOS COMUNS

Sua madeira é própria para construções pesadas e estruturas externas tanto civis como navais, como pontes, dormentes, tábuas de soalhos, bengalas, eixos de rodas, etc.

ACAPU

Nome vulgar: ACAPU
Nome Científico: Vouacapoua americana Aubl.
Família: LEGUMINOSAE CAESALPINOIDEAE

DESCRIÇÃO DA ÁRVORE

Árvore não muito alta, de belo aspecto, bastante ramificada com folhagem escura e belas inflorescências (no início da estação chuvosa, de janeiro a março, conforme os lugares e os anos). No período da floração se destaca por suas flores amarelas pequenas que tornam o visual da árvore maravilhoso.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

Estado do Pará: Belém até lgarapé-Açu, Anajás e Aramá (parte ocidental da llha do Marajó); llha de Nazaré e no Macujubim (llhas altas de Breves) freqüente à margem da Estrada de Ferro Alcobaça (rio Tocantins); abundante no rio Acará; Gurupá; Rio Xingu abundante entre Vitória e Altamira; rios Cussari e Curuá do Sul; Serra do Almerim; região do alto Curuá de Alenquer, nas matas entre os campos de Ariramba e o rio Cuminapanema, terras altas do médio Trombetas (rio Acapu; rio Erepecuru próximo à cachoeira do Infemo).

HABITAT

Mata primária de terra firme e solo argiloso ou sílico-argiloso.

USOS COMUNS

Dormentes, construção civil e naval, tanoaria, soalhos, estacas, vigamentos, marcenaria, tacos, carpintaria, vagões.

Mogno


Nome vulgar: MOGNO OU AGUANO

Nome cientifico: Swietenia macrophylla King.
Família: MELIACEAE

DESCRIÇÃO DA ÁRVORE

Árvore de grande porte, atinge até 30 m de altura nas Antilhas e mais de 45m por 2 m de diâmetro na Venezuela. Folhagem densa, fortemente verde, com flores hermafroditas, amarelas ou cremes.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

Toda a região Amazônica, sendo freqüente no sul do Pará

HABITAT

Abunda nas terras úmidas, algumas vezes pantanosas, porém freqüentemente nas ribanceiras ou ladeiras bem drenadas, que recebem precipitação abundante.3

USOS COMUNS

 Móveis de luxo, compensado, construção civil, decoração interna, painéis, réguas de cálculos, objetos de adornos

Maçaranduba



Nome vulgar: MAÇARANDUBA

Nome científico:Manilkara huberi (Ducke) Stand.
Família: SAPOTACEAE

DESCRIÇÃO DA ÁRVORE

 É a que atinge maior porte entre as espécies da região amazônica, frequentemente 30 a 40m, atingindo até 50 m de altura. Muito característica pela folhas relativamente grandes, com a página inferior amarelo-pálida, ou ainda muito intenso, devido a uma camada persistente de pêlos, colados por uma substância resinosa; pêlos semelhantes são encontrados também, em M. paraensis , onde as folhas são de menor tamanho. Nervação escura, muito distinta. Apresenta flores no ápice dos ramos e é externamente revestida de uma densa camada de pêlos ferruginosos, com cerca de 5mm de comprimento, estendendo-se até os pedúnculos, estes freqüentemente espessos, excedendo a 3 cm de comprimento. Estaminódios no comprimento dos filamentos dos estames, bífidos no terço ou na metade superior com pontas delgadas. Fruto globosos, cerca de 3 cm de diâmetro, quando maduros verde-amarelados e em geral um pouco arroxeado de um lado, encerrando duas sementes comprimidas com o dorso formando uma quilha longitudinal. O látex dá uma balata de inferior qualidade, exportado sob o nome de "maçaranduba". Os frutos desta espécie são vendidos no mercado de Belém.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

Largamente distribuída na metade oriental da Hiléia. Freqüente nos arredores de Belém.

HABITAT

Matas altas de terra firme e em certas várzeas pouco inundáveis.

USOS COMUNS

Dormentes, vigamentos, esteios, moirões, cavaco para cobrir casas, postes, cabos de ferramentas, estacas. 

Copaíba

Nome vulgar: COPAÍBA

Nome científico: Copaifera landesdorffi.
Família: Leguminosae-Caesalpinoideae

DESCRIÇÃO DA ÁRVORE

Árvore de grande porte com casca lisa, persistente, de 1 cm de espessura, distinta das espécies do mesmo gênero pelo agradável perfume da madeira (cheiro característico das copaíbas e forte odor de cumarina) e ainda pelo tamanho de suas flores, que no caso são maiores. Produz um óleo mais aquoso e claro, de odor mais agradável que das outras espécies, sendo empregado pelos seringueiros como combustível nas lamparinas.



DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

No Estado do Pará (na parte Ocidental), médio Tapajós, de Vila Braga até Quataquara, e em Sta. Júlia, no limite do Estado.

HABITAT

Freqüentemente na mata de terra firme do Alto Amazonas e do Pará, de preferência em solo argiloso, raro (aí menos desenvolvido) na areia.

USOS COMUNS

Da madeira extrai-se um óleo empregado para fins medicinais e fabricação de verniz. Fornece, também, pernamancas e ripas. Ótima para carvão.

Castanha-do-Pará


Nome vulgar: CASTANHA-DO-PARÁ
Nome cientifico: Bertholletia excelsa H.B.K.
Família: LECYTHIDACEAE

DESCRIÇÃO DA ÁRVORE

Árvore de porte majestoso frondoso, com copa dominante na região onde se encontra, medindo até cerca de 4 m de diâmetro. De crescimento moroso, chega a frutificar aos 8 anos, porém somente aos 12 atinge produção normal. Floresce entre os meses de setembro e dezembro para frutificar em janeiro a abril do outro ano. Seu fruto, um "ouriço", contém de 5 a 25 sementes ("castanhas") angulosas, agudas mais ou menos triangulares. A castanheira é uma árvore social encontrada em grupos sociais (castanhais), formando grandes matas.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

Estende-se desde o Estado do Maranhão e Mato Grosso (vale do Papagaio) até 10° de latitude através dos Estados do Pará (região de Alenquer, Almeirim e Óbidos); fronteira com a Guiana Holandesa e o Estado do Amazonas

ANACÃ

Deroptyus accipitrinus

O Anacã é uma das espécies de papagaios mais vistosas da Amazônia.
Vive na floresta de terra firme onde anda em bandos que variam de cinco a mais de uma dúzia de animais.
O nome vem da vocalização, pois ao voar grita "anacã! anacã! anacã!", chamando seus colegas e mantendo a integridade do bando.

ARARAJUBA

Guaruba guarouba

 

A Ararajuba talvez seja a ave mais brasileira, pois porta as cores nacionais, verde e amarelo.
De fato, sua distribuição na natureza abrange apenas o Pará, o oeste do Maranhão e parte do Amazonas e de Rondônia.
Mas se quiser ver esse belo psitacídeo (parente das araras, dos papagaios e dos periquitos) o melhor é visitar o Pará, onde ainda é comum em várias partes onde há floresta alta.

GARÇA BRANCA GRANDE

Casmerodius albus

A garça-branca-grande é nossa segunda maior garça. Só o maguari é maior.
Vive em todas as regiões do Pará em áreas alagadas, onde procura peixes, rãs e outros animais aquáticos para se alimentar. Já foi muito caçada para fornecer plumas à indústria de chapéus para mulheres.
Hoje essa indústria acabou e, felizmente, a espécie voltou a ser bastante comum em quase toda a Amazônia.

ARARA CANINDÉ

Ara ararauna

 

Para alguns, essa é a arara mais bela de todas e, como as outras, prefere frutos nativos.
Tem uma ampla distribuição, mas já desapareceu de grandes áreas. Ainda é bastante comum em diversas áreas de várzea no Pará. Depois da época reprodutiva, quando as aves se espalham pela mata, a espécie forma grandes poleiros coletivos.
Ver dúzias de araras canindés chegando pela bela luz da tarde a esses poleiros é um dos grandes espetáculos da natureza em nossas terras.

GUARÁ

Eudocimus ruber
 
O Guará é uma das aves mais vistosas do mundo. O Pará abriga as maiores populações de Guarás do planeta e um único ninhal da costa abriga mais de 4.000 Guarás e seus filhotes.
A linda cor avermelhada depende da comida, especialmente dos crustáceos (caranguejos e camarões) que a servem como alimento, pois o Guará não produz o pigmento necessário para colorir a plumagem.
Ameaçado de extinção em outras partes, na costa paraense o Guará ainda é bastante comum.

PAVÃOZINHO DO PARÁ

Eurypyga helias
 
 
O nome científico de nosso Pavãozinho-do-pará se traduz como "ave do sol com a cauda avantajada". O nome cabe, pois é uma de nossas aves mais belas, com sutis matizes em todos os tons de marrom, branco e preto.
Parece mais com uma garça, mas é parente das galinhas-d'água e dos jacamins. Vive em todas as partes da Amazônia na beira de rios e igarapés, onde procura pequenos peixes, insetos e outras presas.

TUCANO DE PEITO BRANCO

Ramphastos tucanus

 

O Tucano-de-peito-branco é a ave símbolo da Amazônia. Vive nas florestas de terra firme de toda a região e ainda mantém populações até na capital do Pará, nas reservas do Utinga e nas terras das Forças Armadas.
É um importante dispersor de sementes das árvores da floresta, pois engole os frutos, digere a parte comestível e depois expele o caroço à alguma distância da árvore mãe.

TARTARUGA GIGANTE

Podocnemis expansa

 

A Tartaruga Gigante é um dos maiores bichos de casco do mundo, sendo superada apenas por alguns parentes marinhos. A fêmea é maior que o macho. Alcança até 45 quilos e 80 centímetros de casco, enquanto ele pesa, no máximo, 25 quilos e mede 50 centímetros. Na época de água baixa nos rios principais da Amazônia, a fêmea vai até a praia onde nasceu e bota de 50 a 150 ovos. Ameaçada de extinção, são os programas de criação da Tartaruga Gigante em cativeiro que ajudam a preservar a espécie e ainda fornecer um produto alimentar importante e muito valorizado.

PEIXE-BOI

Trichechus inunguis

 

O Peixe-Boi é um dócil mamífero aquático de larga distribuição na Amazônia. Prefere os lagos e meandros dos rios onde quase não há correnteza. Cresce até 2,5 metros de comprimento e pode pesar mais de 200 quilos. Come principalmente vegetação aquática, sendo a cabomba seu alimento predileto.
Antigamente era muito mais comum, mas a caça predatória fez com que hoje seja considerada uma espécie ameaçada de extinção. O filhote nasce depois de 11 a 12 meses de gestação e permanece uns dois anos com a mãe. É errado chamar a fêmea de "peixe-vaca"; o certo é "Peixe-Boi-Fêmea".

PORAQUÊ

Electrophorus electricus

O Poraquê tem a aparência de uma enguia, mas de fato pertence a um grupo de peixes mais aparentado com os bagres, surubins e afins. Enquanto seus parentes mais próximos utilizam a eletricidade apenas para se nortear nas águas barrentas, o Poraquê produz uma descarga fortíssima, entre 300 a 500 volts.
Tudo isso para imobilizar suas presas, algo necessário para garantir que a boca, transformada em uma espécie de pulmão, não seja danificada quando engole os peixes que são seu alimento preferido. Se as presas relutassem, poderiam até levar o Poraquê à morte com as eventuais feridas na boca.

JACARÉ-AÇU


 

Melanosuchus niger

O Jacaré-açu é nosso maior jacaré. Cresce até 5 metros e é a única espécie de jacaré perigosa à população da Amazônia. É ameaçado de extinção, pois, além do perigo que representa às pessoas, tem um couro, que antigamente era muito cobiçado, e uma carne saborosa, apreciada por muitos moradores da região. Além do Jacaré-açu, existem mais três espécies de jacaré no Pará: o Jacaré-tinga (Caiman crocodilus) e duas espécies de Jacaré-anão (gênero Paleosuchus). Estes últimos vivem dentro da floresta em pequenos igarapés e muitos confundem com filhotes das outras espécies.

BOTO COR DE ROSA

BOTO COR-DE-ROSA

 

Inia geoffrensis

O Boto Cor-de-Rosa é um dos mamíferos aquáticos mais característicos da Amazônia. Cresce até 2,5 metros de comprimento e pode pesar até 90 quilos. É da família dos cetáceos (Platanistidae), que antigamente teve grande distribuição pelo mundo, inclusive nos oceanos.
Hoje seus membros são limitados a poucos rios de água doce, inclusive o Amazonas/Solimões e o Orinoco. O Boto Cor-de-Rosa vive especialmente em águas relativamente rasas, onde procura, de preferência, peixes de couro tais como o tamuatá e o bagre. Também não dispensa tartarugas jovens, recém saídas do ovo.
A protuberância na cabeça é um tipo de captador, utilizado para receber os reflexos dos sons que fazem parte do sistema de sonar que utiliza para navegar e encontrar sua comida. Assim, consegue nadar até dentro da floresta inundada na época da cheia e se locomover sem problemas nas águas turvas da região.

ARIRANHA

ARIRANHA

Pteronura brasiliensis

A Ariranha é uma das maiores lontras do mundo, chegando a medir quase 2 metros (incluindo a cauda) e pesar 34 quilos. Tem uma ampla distribuição na Amazônia, onde outrora era bastante comum.
Mas a caça com fins de comercializar sua bela pele reduziu a população, que hoje está ameaçada de extinção. Hoje em dia a Ariranha já está aumentando seus números em áreas protegidas, mas ainda pode ser considerada bastante rara.
Além de muito notável por seus hábitos sociais, a Ariranha prefere os mesmos peixes que os seres humanos e há alguns pescadores inescrupulosos que ainda abatem esses animais maravilhosos.

MACACO DE CHEIRO

MACACO-DE-CHEIRO

 

Saguinus sciureus

O Macaco-de-Cheiro é uma das espécies de primatas mais comuns na várzea. Anda em grupos bastante grandes, que podem chegar a centenas de indivíduos, especialmente na época da seca.
Também existe em algumas florestas de terra firme, mas em números menores. Sua comida preferida é de insetos, mas come também frutos e a seiva das árvores.
É bastante conhecido pelo mundo inteiro, pois até os anos 80, muitos eram capturados na mata e exportados para o hemisfério norte. Felizmente, essa prática hoje é proibida.

SAGÜI

SAGÜI

 

Saguinus midas

O Sagüi é o menor macaco do Pará, pesando apenas 500 gramas. Vive em pequenos grupos de 2 a 6 na floresta, onde come frutos e insetos. Como todos os Sagüis, é o pai que carrega os dois filhotes recém-nascidos e eles só deixam o colo para serem amamentados pela mamãe. nça é um bicho solitário e os casais se encontram apenas na época do cruzamento. A cria é de 1 a 4 filhotes, que permanecem juntos à mãe apenas durante os primeiros dois anos de vida.

Formiga TUCANDEIRA

TUCANDEIRA

 

Paraponera spp

As Tucandeiras são pequenas feras da floresta. Além de gigantes para as formigas (chegam a mais de 3 cm), possuem um ferrão temido. Enquanto as outras formigas podem incomodar, essa fere mesmo. Parente razoavelmente próxima das vespas (de que as formigas se originam), lembra bem essas primas na hora de se defender. Uma ferida pode inchar espantosamente o membro machucado e doer 24 horas ou mais. Mas lembre bem! Se não perturbar a Tucandeira, ela não perturbará você.

VEADO MATEIRO

VEADO MATEIRO

 

Mazama americana

O Veado Mateiro é o cervo mais comum das florestas da Amazônia. Enquanto a maioria dos cervos ostenta (pelo menos os machos) chifres vistosos, o macho do Veado Mateiro possui aspas modestas, uma adaptação para a vida dentro da mata densa, onde uma ostentação mais elaborada tornaria difícil a fuga dos predadores. Gosta mais de frutos e flores caídos, mas quando faltam, come também brotos e folhas.

ONÇA PINTADA

ONÇA PINTADA

 

Panthera onca

A Onça Pintada é o maior mamífero predador da América Latina. Possui uma distribuição geográfica que vai desde o extremo sudoeste dos Estados Unidos até o norte da Argentina.
Ainda é razoavelmente comum nas partes menos habitadas da Amazônia. O macho atinge até 2,5 metros de comprimento, pesando até 160 quilos, e é maior que a fêmea. A onça preta é apenas uma variação de coloração da onça pintada e ambas pertencem à mesma espécie.
A onça é um bicho solitário e os casais se encontram apenas na época do cruzamento. A cria é de 1 a 4 filhotes, que permanecem juntos à mãe apenas durante os primeiros dois anos de vida.

COATÁ OU MACACO ARANHA

COATÁ OU MACACO ARANHA

 

Ateles belzebuth

O Coatá é o maior macaco do Pará. Atinge mais de 1,2 metros, incluindo a cauda, e mais de 10 quilos de peso. A cauda funciona como um quinto membro para a locomoção no alto das árvores.
Anda em grupos de até 20 indivíduos e procura sua comida, que consiste preferencialmente de frutos e folhas, na copa das árvores. É considerado ameaçado de extinção, em parte devido à baixa taxa de reprodução da espécie.
As fêmeas começam a reproduzir com 4 a 5 anos (muito tarde para nossos macacos) e produz uma prole apenas de 3 em 3 anos. Em compensação, é uma mãe especialmente prestativa.

PREGUIÇA DE TRÊS DEDOS

PREGUIÇA-DE-TRÊS-DEDOS

 

Bradypus tridactylus

A Preguiça-de-Três-Dedos é a preguiça mais comum do Pará. Gosta mais da várzea, mas também vive em mata de terra firme.
A imbaúba é sua comida preferida, mas se alimenta também de uma grande variedade de folhas e, também, frutos selvagens.
Essa preguiça anda devagar e é por isso que tem o nome, bem merecido. Seu parente, a preguiça-de-dois-dedos, anda mais ligeiro e até pula de uma árvore para a outra quando quer escapar de um inimigo.

CAPIVARA

CAPIVARA

 

Hydrochaeris hydrochaeris

Chegando até 1,3 metros de comprimento e 65 quilos de peso, a Capivara é o maior roedor do mundo. É sempre encontrada próximo à água, seja na floresta em zonas com capins, seja nas áreas abertas.
Pasta, como se fosse uma vaca, e tem grande potencial para a criação controlada ("fazendas de Capivaras") para ser uma fonte alternativa de proteína animal no Pará. Em diversas áreas é ainda comum, mas seu hábito de ser ativo durante o dia é facilmente modificado para atividades apenas noturnas quando é caçada.
É uma das presas preferidas da onça-pintada. Quando em perigo tenta se refugiar correndo para a água onde mergulha rapidamente para se defender.

ANTA

ANTA

Tapirus terrestris

A Anta é nosso maior mamífero, atingindo mais de 2 metros e 250 quilos. É terrestre, mas prefere viver próximo à água, não somente como fonte para beber, mas também como refúgio quando é perseguida.

A gestação leva mais de um ano e o filhote nasce com apenas 6 ou 7 quilos. É um importante dispersor de sementes, pois gosta muito de comer frutos caídos no chão. É um animal muito caçado e, por isso, difícil de ser encontrado no mato, onde passa a maior parte do dia dormindo, preferindo procurar sua comida durante a noite.

A maneira mais fácil de perceber a presença da anta é pelas pegadas muito típicas, que mostram os três dedos, tanto da pata traseira como da dianteira. Por incrível que pareça, a Anta é um parente razoavelmente próximo do cavalo e do rinoceronte.

Guariba de mão vermelha

GUARIBA-DE-MÃO-VERMELHA

 

Alouatta belzebul

O urro do Guariba é um dos sons mais típicos da Floresta Amazônica. E quem não o conhece pode imaginar que há uma onça faminta próximo, pois a vocalização é forte e vai longe. Mas o Guariba é pacífico e vive em grupos familiares, permanecendo nas árvores onde come folhas e frutos.
É um dos nossos maiores macacos (o macho pode pesar até 8 quilos), sendo superado apenas pelo macaco-barrigudo e o coatá. Onde não é caçado, ainda é muito abundante. Foi o animal mais freqüente no "salvamento" dos bichos do lago da hidrelétrica de Tucuruí, onde mais de 30.000 guaribas foram resgatados.
Diferente dos outros macacos, sua dieta faz com que consiga sobreviver em áreas relativamente pequenas, desde que seja protegido dos caçadores.

GAVIÃO REAL

GAVIÃO REAL

 

Harpia harpyja

O gavião real é a mais poderosa águia da terra. Além de uma das maiores envergaduras de asa desse grupo, é a força das pernas que consagra esse título à ave.
Enquanto muitos acham que gosta mais de atacar os macacos, os gaviões reais preferem as preguiças como presas. As pernas e as garras afiadas são adaptações perfeitas para arrancar as preguiças das árvores.
Isso às vezes é um legítimo desafio para a ave, pois, apesar de lentas, as preguiças possuem uma força incomum.

Terra da castanha

[...]
Terra da castanha
Terra da borracha
Terra de biribá bacuri sapoti
Terra de fala cheia de nome indígena
    Que gente não sabe se é de fruta de pé de pau ou ave de plumagem bonita [...]



Belém do Pará. Estrela da vida inteira, Manuel Bandeira,
Livraria José Olympio Editora, 1970.

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