quinta-feira, 22 de março de 2012

Drama do personagem de “O Artista” foi vivido por Charles Chaplin


 
Para o ator, cinema de verdade era o cinema mudo. Mas ele teve que se adaptar aos novos tempos. Em 1940, Chaplin fez “O Grande Ditador” em preto e branco, quando os primeiros filmes coloridos já eram feitos em Hollywood.
Charles Chaplin foi o rosto do século XX. Seus filmes já nasceram clássicos. Sem precisar da palavra, ele transmitia sonho, energia, alegria, o sofrimento e amor. Chaplin nasceu em Londres e era o filho de dois artistas do teatro de revista. O menino pobre conheceu muito cedo a tristeza. O pai deixou a família quando Chaplin tinha 2 anos de idade e, 3 anos depois, a mãe enlouqueceu. O menino foi para um orfanato, onde as crianças tinham que trabalhar duro para pagar a cama e a comida. Com a mãe no hospício, o pai convidou Chaplin para a estréia no palco, no teatro de revista, no papel de um pequeno jornaleiro. E o menino, que aos 5 anos de idade já tinha sido apresentado à tragédia, descobriu a vocação para a comédia.
Com uma personalidade muito difícil, foi ameaçado de demissão logo após chegar em Hollywood. Diziam que ele devia ser mais rápido e que seus filmes eram lentos demais. Algumas cenas parecem ser tão naturais para Chaplin, que dão a impressão de improvisadas. Mas ele nunca trabalhou sem planejar. Como outros mestres do tempo dele, Chaplin destruía quase todas as imagens que não eram utilizadas. Perfeccionista, ele revia todas as cenas, e chegou a refazer uma cena 80 vezes.
A escritora Claudine Monteil conta que, para Chaplin, o cinema de verdade era o cinema mudo: “Ele criticou muito o cinema falado, mas teve que se adaptar, como os outros cineastas, porque era a única forma de continuar a filmar. Mas não foi nada fácil. Assim mesmo, ele se lançou no cinema falado”. Em 1940, ele fez “O Grande Ditador” em preto e branco, quando os primeiros filmes coloridos já eram feitos em Hollywood. “Nessa época, ele dava a impressão de ficar atrasado, em relação aos outros diretores. Mas a qualidade da direção, seu trabalho e sua obsessão pela perfeição faziam com que seus filmes fossem obras-primas”, diz a escritora Claudine Monteil.
Para
Martin Scorsese, “O Grande Ditador” prova que Charles Chaplin achava que precisava fazer algo sobre o fenômeno do fascismo e o rumo que o mundo estava tomando. Em um ato de rebeldia contra Hitler, o artista dizia: “Os ditadores se libertam, mas escravizam o povo”.
Pesquisa Educativa por: Gabriel Machado ..parauapebense..uma cidade cheia de histórias

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