Da vila de Parauapebas à emancipação
A etimologia do termo Parauapebas remete às origens indígenas da região, aferindo à palavra o significado de “rios de águas claras”. Parauapebas também corresponde à nomenclatura utilizada para designar a microrregião do Pará, subdividida em cinco municípios: Água Azul do Norte, Canaã dos Carajás, Curionópolis, Eldorado dos Carajás e Parauapebas. Todos os municípios citados têm seu surgimento ligado, principalmente, à extração mineral. Em especial, a cidade de Parauapebas era habitada pelos índios Kayapó e, esporadicamente, por alguns coletores de castanha-do-pará que, por meio rio Itacaiúnas, se deslocavam do município de Marabá rumo à floresta. Conclui-se que antes mesmo da Vale a região já sofria com os impactos ocasionados pelas madeireiras e pecuaristas derrubadores de árvores. A castanheira-do- pará, cujo corte é ilegal, talvez tenha sido a principal vítima do desmatamento até o fim do poder político e econômico dos proprietários dos castanhais.
Para a implantação do PFC, o município de Marabá e a Vale planejaram a edificação de dois núcleos urbanos que deveriam ter finalidades distintas em meio ao povoado de Rio Verde, onde começaram a surgir as primeiras casas e barracos no lugar onde mais tarde se tornaria um dos maiores bairros do município de Parauapebas.
Um dos núcleos urbanos, denominado Núcleo Urbano de Carajás ou Cidade-empresa, deveria ser construído no topo da serra e dotado de toda uma infra-estrutura, servindo de abrigo aos funcionários da mineradora que trabalhariam diretamente na exploração mineral. Já o segundo núcleo que deveria ser erguido no sopé da serra, chamado de Cidade Nova, objetivava alojar a mão-de-obra empregada na EFC, na construção da Cidade-empresa e na estrada de acesso à Cidade-empresa.
Apesar do plano de ocupação urbana de Carajás, os mineiros e goianos que inicialmente convergiram para a região, almejando uma oportunidade de emprego e melhores condições de vida, fizeram da cidade planejada um insuficiente lócus para atender com dignidade às muitas famílias que ali chegavam (SOUZA & PEREIRA, 2008). O desmedido crescimento da população parauapebense, marginal a estrada PA-275 e isolada dos núcleos urbanos projetados para receber até 5.000 habitantes, superou rapidamente os 20.000 habitantes (PARAUAPEBAS, 2005).
A luta pela emancipação política de Parauapebas teve início em 1985 e só após cerca de quatro anos o povo parauapebense conquistou a vitória através de plebiscito. Tal feito foi oficializado no Pará pela Lei Estadual nº 5.443/88 de 10 de maio de 1988 e, apenas no ano de 1989, ocorreu uma eleição para prefeito. Parauapebas localiza-se no sudeste do Estado do Pará, a 645 km da capital Belém. Foi elevado à categoria de município e distrito e sua delimitação territorial remete a data de 17 de janeiro de 1991, que define o município constituído do distrito sede, na qual se localiza a prefeitura municipal (IBGE, 2008).
Parauapebas abriga em suas terras o PFC, um dos principais planos de desenvolvimento contidos no PGC, enquanto que Marabá conta com siderúrgicas de ferro-gusa. Graças à economia arraigada na extração mineral exportadora, no ano de 2007, Parauapebas obteve um repasse de R$ 3,4 milhões correspondente apenas ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), quase metade do valor repassado para a capital do estado, Belém (R$ 7,4 milhões), e bem mais do que Marabá, com R$ 2 milhões. Para este mesmo ano os investimentos futuros em novos projetos localizados no estado do Pará totalizarão US$ 4 bilhões. O recurso previsto é necessário para atender: a expansão do PFC, atingindo uma produção de 100 milhões de toneladas por ano de bens primários, a adequação da EFC para o incremento da produção e a exploração do ferro na Serra Leste de Carajás (BRASILIENSE, 2007).
Perante a decolagem de diversos projetos minerais no Pará em menos de vinte anos o estado será o líder nacional na produção de minérios, fenômeno que vem deixando a cidade de Belém distante do crescimento econômico quando comparada com municípios basicamente
mineradores (BRASILIENSE, 2007).
Para a implantação do PFC, o município de Marabá e a Vale planejaram a edificação de dois núcleos urbanos que deveriam ter finalidades distintas em meio ao povoado de Rio Verde, onde começaram a surgir as primeiras casas e barracos no lugar onde mais tarde se tornaria um dos maiores bairros do município de Parauapebas.
Um dos núcleos urbanos, denominado Núcleo Urbano de Carajás ou Cidade-empresa, deveria ser construído no topo da serra e dotado de toda uma infra-estrutura, servindo de abrigo aos funcionários da mineradora que trabalhariam diretamente na exploração mineral. Já o segundo núcleo que deveria ser erguido no sopé da serra, chamado de Cidade Nova, objetivava alojar a mão-de-obra empregada na EFC, na construção da Cidade-empresa e na estrada de acesso à Cidade-empresa.
Apesar do plano de ocupação urbana de Carajás, os mineiros e goianos que inicialmente convergiram para a região, almejando uma oportunidade de emprego e melhores condições de vida, fizeram da cidade planejada um insuficiente lócus para atender com dignidade às muitas famílias que ali chegavam (SOUZA & PEREIRA, 2008). O desmedido crescimento da população parauapebense, marginal a estrada PA-275 e isolada dos núcleos urbanos projetados para receber até 5.000 habitantes, superou rapidamente os 20.000 habitantes (PARAUAPEBAS, 2005).
A luta pela emancipação política de Parauapebas teve início em 1985 e só após cerca de quatro anos o povo parauapebense conquistou a vitória através de plebiscito. Tal feito foi oficializado no Pará pela Lei Estadual nº 5.443/88 de 10 de maio de 1988 e, apenas no ano de 1989, ocorreu uma eleição para prefeito. Parauapebas localiza-se no sudeste do Estado do Pará, a 645 km da capital Belém. Foi elevado à categoria de município e distrito e sua delimitação territorial remete a data de 17 de janeiro de 1991, que define o município constituído do distrito sede, na qual se localiza a prefeitura municipal (IBGE, 2008).
Parauapebas abriga em suas terras o PFC, um dos principais planos de desenvolvimento contidos no PGC, enquanto que Marabá conta com siderúrgicas de ferro-gusa. Graças à economia arraigada na extração mineral exportadora, no ano de 2007, Parauapebas obteve um repasse de R$ 3,4 milhões correspondente apenas ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), quase metade do valor repassado para a capital do estado, Belém (R$ 7,4 milhões), e bem mais do que Marabá, com R$ 2 milhões. Para este mesmo ano os investimentos futuros em novos projetos localizados no estado do Pará totalizarão US$ 4 bilhões. O recurso previsto é necessário para atender: a expansão do PFC, atingindo uma produção de 100 milhões de toneladas por ano de bens primários, a adequação da EFC para o incremento da produção e a exploração do ferro na Serra Leste de Carajás (BRASILIENSE, 2007).
Perante a decolagem de diversos projetos minerais no Pará em menos de vinte anos o estado será o líder nacional na produção de minérios, fenômeno que vem deixando a cidade de Belém distante do crescimento econômico quando comparada com municípios basicamente
mineradores (BRASILIENSE, 2007).